quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

AVALIAÇÃO ESCOLAR: UMA REFLEXÃO DURANTE A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES


Fernanda Cruz de Araújo

Avaliar é um ato intrínseco e que se faz presente em todas as esferas da atividade humana. O julgar, o comparar, isto é, o avaliar faz parte de nosso cotidiano, seja através das reflexões empíricas que orientam as frequentes opções do dia-a-dia ou, formalmente, através da reflexão organizada e sistemática que define a tomada de decisões (Dalben, 2005, p. 66 apud CHUEIRI, 2008).  
Hoje se fossemos a um shopping center passaríamos horas avaliando produtos, até chegarmos a uma tomada de decisão, isto acontece conosco a todo o momento. Quem disse que quando estamos produzindo um texto, isso não acontece? Temos a nossa disposição inúmeras fontes de informações, livros, internet, periódicos, filmes, programas, possuímos incontáveis fontes de informações que podem ser usadas a qualquer momento, para descrever qualquer que seja o fenômeno. Mas estas informações  devem passar por um criterioso processo de avaliação, são nossas escolhas que fundamentaram nossas obras. Avaliar exige reflexão sobre a realidade, a partir de dados informações, e a partir daí ser capaz de emitir julgamento que contribua para tomar decisões (ROCHA, 2009). E assim, vamos construindo um apanhando de novos dados que muitas vezes não tem a mesma origem teórica mais que se encontram numa mesma reflexão.
Para Stufflebeam, avaliar trata-se de um processo de delinear, obter e proporcionar informações úteis para o julgamento de decisões alternativas,
 refere-se a qualquer procedimento por meio do qual alguma ou várias características de um aluno/a, de um grupo de estudantes, de um ambiente educativos, de objetivos educativos, de materiais, professores/as, programas, etc., recebem a atenção de quem avalia, analisam-se e valorizam-se suas características e condições em função de alguns critérios ou pontos de referência para emitir um julgamento que seja relevante para a educação (STUFFLEBEAM, 1987, p19 apud ANDRIGHETTO; RICHTER, 2009).
Considerando o papel da avaliação escolar, Caldeira (2000, p. 122), afirma que a avaliação escolar é um meio e não um fim em si mesma,está balizada por uma determinada teoria e por uma determinada prática pedagógica. Ela não acontece num vazio conceitual, mas está dimensionada por um modelo teórico de sociedade, de homem, de educação e, consequentemente, de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na prática pedagógica.
Com base no exposto o presente trabalho tem como objetivo conhecer e buscar subsídios que fundamentem o caminho a ser desenvolvido pelo professor durante o processo de avaliação dos educandos, para a educação contemporânea e principalmente para nós, professores em formação[1].
A reflexão sobre avaliação surgiu as reuniões do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Licenciatura em Biologia, a qual fundamentou-se basicamente na proposta buscar na literatura perspectivas teóricas sobre o processo de avaliação que subsidiassem a formação formação inicial de professores da área de Biologia. 
Concordamos com Barcelos (2000) quando ele diz que os licenciados, durante a formação inicial precisam iniciar-se no processo de reformulação e ressignificação de conhecimentos para a construção do “saber da ação pedagógica” a partir da conexão com suas experiências e com as de outras pessoas.
Para alcançar tais aprendizados, propomo-nos analisar as considerações postuladas por diferentes teóricos no campo educacional, que abordam os preceitos da Avaliação Escolar sempre com olhar de professores em formação, que somos.


Referências

ANDRIGHETTO, M. J.; RICHTER, C. J. Avaliação Escolar. I Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia. 2009.

BARCELOS, N. N. S. Saberes docentes na formação do professor reflexivo de ciências e biologia. Caderno de textos da V Escola de verão para professores de prática de ensino de física, química, biologia e áreas afins. Bauru-SP, 2000.

CHUEIRI, M. S. F. Concepções sobre a Avaliação Escolar. Estudos em Avaliação Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr. 2008.

CALDEIRA, Anna M. Salgueiro. Avaliação e processo de ensino aprendizagem. Presença Pedagógica, Belo Horizonte, v. 3, p. 53-61, set./out.1997.

ROCHA, C. R. G. Avaliação – processo em construção. Tese apresentada ao PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional – Paraná.




[1]  Acadêmica do curso de licenciatura em Biologia e bolsista do programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), na Universidade Federal do Tocantins UFT.


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