Fernanda Cruz de Araújo
Avaliar é um ato intrínseco e que
se faz presente em todas as esferas da atividade humana. O julgar, o comparar,
isto é, o avaliar faz parte de nosso cotidiano, seja através das reflexões empíricas
que orientam as frequentes opções do dia-a-dia ou, formalmente, através da
reflexão organizada e sistemática que define a tomada de decisões (Dalben,
2005, p. 66 apud CHUEIRI, 2008).
Hoje se fossemos a um shopping
center passaríamos horas avaliando produtos, até chegarmos a uma tomada de
decisão, isto acontece conosco a todo o momento. Quem disse que quando estamos
produzindo um texto, isso não acontece? Temos a nossa disposição inúmeras
fontes de informações, livros, internet, periódicos, filmes, programas,
possuímos incontáveis fontes de informações que podem ser usadas a qualquer
momento, para descrever qualquer que seja o fenômeno. Mas estas
informações devem passar por um criterioso
processo de avaliação, são nossas escolhas que fundamentaram nossas obras.
Avaliar exige reflexão sobre a realidade, a partir de dados informações, e a
partir daí ser capaz de emitir julgamento que contribua para tomar decisões
(ROCHA, 2009). E assim, vamos construindo um apanhando de novos dados que
muitas vezes não tem a mesma origem teórica mais que se encontram numa mesma
reflexão.
Para Stufflebeam, avaliar trata-se de um processo de
delinear, obter e proporcionar informações úteis para o julgamento de decisões
alternativas,
refere-se a qualquer procedimento
por meio do qual alguma ou várias características de um aluno/a, de um grupo de
estudantes, de um ambiente educativos, de objetivos educativos, de materiais,
professores/as, programas, etc., recebem a atenção de quem avalia, analisam-se
e valorizam-se suas características e condições em função de alguns critérios
ou pontos de referência para emitir um julgamento que seja relevante para a
educação (STUFFLEBEAM, 1987, p19 apud ANDRIGHETTO; RICHTER, 2009).
Considerando o papel da avaliação
escolar, Caldeira (2000, p. 122), afirma que a avaliação escolar é um meio e
não um fim em si mesma,está balizada por uma determinada teoria e por uma
determinada prática pedagógica. Ela não acontece num vazio conceitual, mas está
dimensionada por um modelo teórico de sociedade, de homem, de educação e, consequentemente,
de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na prática pedagógica.
Com base no exposto o presente
trabalho tem como objetivo conhecer e buscar subsídios que fundamentem o
caminho a ser desenvolvido pelo professor durante o processo de avaliação dos
educandos, para a educação contemporânea e principalmente para nós, professores
em formação[1].
A reflexão sobre avaliação surgiu
as reuniões do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)
do curso de Licenciatura em Biologia, a qual fundamentou-se basicamente na proposta
buscar na literatura perspectivas teóricas sobre o processo de avaliação que
subsidiassem a formação formação inicial de professores da área de
Biologia.
Concordamos com Barcelos (2000)
quando ele diz que os licenciados, durante a formação inicial precisam
iniciar-se no processo de reformulação e ressignificação de conhecimentos para
a construção do “saber da ação pedagógica” a partir da conexão com suas
experiências e com as de outras pessoas.
Para alcançar tais aprendizados,
propomo-nos analisar as considerações postuladas por diferentes teóricos no campo
educacional, que abordam os preceitos da Avaliação Escolar sempre com olhar de
professores em formação, que somos.
Referências
ANDRIGHETTO, M. J.; RICHTER, C. J. Avaliação Escolar. I Simpósio
Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia. 2009.
BARCELOS, N. N. S. Saberes docentes na formação do professor reflexivo
de ciências e biologia. Caderno de textos da V Escola de verão para professores
de prática de ensino de física, química, biologia e áreas afins. Bauru-SP,
2000.
CHUEIRI, M. S. F. Concepções sobre a Avaliação Escolar. Estudos em
Avaliação Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr. 2008.
CALDEIRA, Anna M. Salgueiro. Avaliação e processo de ensino
aprendizagem. Presença Pedagógica, Belo Horizonte, v. 3, p. 53-61, set./out.1997.
ROCHA, C. R. G. Avaliação –
processo em construção. Tese apresentada ao PDE – Programa de Desenvolvimento
Educacional – Paraná.
[1] Acadêmica do curso de licenciatura em Biologia e bolsista do programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), na Universidade Federal
do Tocantins UFT.